O que influencia o preço de imóveis mais do que a localização?

Por Oraculum

8 de setembro de 2025

Categoria: Economia

Quando alguém diz que “o mais importante é a localização”, parece até que está citando alguma verdade universal do mercado imobiliário. E, de certa forma, está. A localização realmente tem um peso enorme no valor de um imóvel. Mas… e se eu te dissesse que existem outros fatores, muitas vezes ignorados, que podem ter tanto ou até mais impacto no preço? Pois é. Tem muita coisa escondida por trás das cifras que vemos nos anúncios.

Investidores mais experientes até já sacaram esse movimento. Eles observam detalhes que passam batido por boa parte dos compradores comuns. São elementos que vão desde características internas do imóvel até aspectos mais sutis, como o perfil da vizinhança. Às vezes, o metro quadrado pode até ser barato em uma área “nobre”, mas o custo total da compra ou manutenção do imóvel revela um panorama bem diferente.

O curioso é que muitos desses fatores são totalmente negligenciados nas primeiras buscas. Quem nunca filtrou apenas por bairro e valor? Só que, depois, aparecem surpresas: taxas altas, estrutura precária, reformas necessárias, problemas acústicos… e aí o tal “bom negócio” deixa de ser tão bom assim. Comprar ou alugar sem analisar esses detalhes é como escolher um carro pela cor da pintura e ignorar o motor.

Nesse texto, a gente vai olhar pra esses outros influenciadores do preço. Aqueles que não estão nas manchetes ou nas primeiras páginas dos sites de busca, mas que fazem toda a diferença no bolso (e na qualidade de vida). Vamos lá?

 

Qualidade da construção e materiais utilizados

Nem todo imóvel bonito por fora é funcional ou seguro por dentro. A qualidade da construção é um dos primeiros pontos que impactam diretamente no valor final, e muitas vezes, isso só fica visível com uma análise mais técnica. Materiais de baixa qualidade, por exemplo, comprometem não só a durabilidade do imóvel, mas também elevam os custos com manutenção no médio e longo prazo.

Um apartamento construído com isolamento acústico eficiente, com esquadrias de alumínio, tubulações bem instaladas e acabamentos de primeira linha, mesmo que esteja em uma localização menos valorizada, pode custar mais do que um imóvel mal construído em um bairro nobre. E faz sentido. Estamos falando de conforto, segurança e menos dores de cabeça no futuro.

Quem está de olho em apartamentos a venda precisa olhar além da fachada. Faça perguntas, peça laudos técnicos, converse com moradores antigos (quando possível). Muitos detalhes que parecem invisíveis no anúncio podem ser determinantes para o valor real de mercado.

 

Custos de condomínio e manutenção

Essa é uma daquelas surpresas que muitos só percebem depois de fechar o contrato. Os custos mensais de condomínio, manutenção das áreas comuns e fundo de reserva podem transformar um imóvel teoricamente barato em uma despesa altíssima. E o pior: não dá pra escapar desses custos, eles são obrigatórios para todos os moradores.

Alguns empreendimentos, especialmente os mais antigos ou com áreas de lazer muito amplas (piscina, academia, salão gourmet, etc), apresentam taxas altíssimas. E esse valor impacta diretamente no perfil do comprador. Muita gente deixa de fechar negócio por conta disso. Por isso, é essencial considerar o valor total da moradia, e não apenas o preço de compra ou aluguel.

Ao buscar apartamentos para alugar, essa variável é ainda mais sensível. Inquilinos tendem a evitar imóveis com condomínio alto, o que pode dificultar a locação, gerar vacância prolongada e, no final, reduzir a rentabilidade do investimento.

 

Perfil e dinâmica da vizinhança

Você pode morar no bairro mais badalado da cidade… mas, se seus vizinhos são barulhentos, se há festas todo fim de semana, ou se o comércio local é desorganizado, o valor percebido do seu imóvel pode despencar. O entorno faz parte da experiência de moradia e tem influência direta no quanto as pessoas estão dispostas a pagar por isso.

Há também o contrário: bairros mais simples, mas com uma comunidade ativa, comércio diversificado e sensação de segurança, valorizam mais rápido do que áreas “de grife”, mas estagnadas. Não subestime o poder do coletivo nesse tipo de análise. Um bom vizinho vale mais que uma piscina na cobertura (não é exagero).

Quem pesquisa apartamentos para alugar em são paulo sabe o quanto isso pesa. Em grandes centros urbanos, a dinâmica dos bairros muda com frequência. Um bairro tranquilo hoje pode se tornar um polo de bares e festas em pouco tempo, o que muda completamente a percepção e o valor do imóvel.

 

Infraestrutura pública e serviços no entorno

Transporte público eficiente, escolas de qualidade, hospitais próximos e até praças bem cuidadas… tudo isso entra no pacote invisível que agrega valor ao imóvel. E o mais interessante é que, às vezes, esses fatores pesam mais que a localização tradicionalmente valorizada. Um bairro emergente com metrô novo pode disparar de preço em pouco tempo.

A presença (ou ausência) desses serviços influencia diretamente na qualidade de vida dos moradores. Ninguém quer perder duas horas no trânsito ou depender de transporte precário. Por isso, imóveis em regiões com boa infraestrutura costumam ter uma valorização constante, mesmo que ainda não sejam os “queridinhos” da cidade.

É importante observar também os planos de urbanização e expansão da cidade. Um imóvel pode parecer caro hoje, mas se a prefeitura estiver investindo naquela região, o retorno pode ser bem interessante. Essa é uma dica de ouro para quem está de olho em imóveis a venda em são paulo, especialmente em bairros com potencial de crescimento.

 

Histórico de valorização e liquidez

Não adianta comprar um imóvel barato se ele vai desvalorizar nos próximos anos ou se for difícil de revender. O histórico de valorização e a liquidez daquele tipo de imóvel na região são pontos que influenciam diretamente o valor de mercado. Investidores atentos sempre analisam essas métricas antes de tomar qualquer decisão.

Liquidez, aliás, é um termo que muita gente ignora, mas que faz toda a diferença. Um imóvel com baixa liquidez pode até ter bom preço de compra, mas se demorar anos pra ser vendido ou alugado, vira um problema. Manter um imóvel parado também custa dinheiro, tempo e energia.

Por isso, quem pensa em investir em apartamentos a venda saúde, por exemplo, deve olhar com cuidado para as taxas de ocupação da região, o tempo médio de venda, e até o perfil dos compradores locais. São dados preciosos que ajudam a entender o potencial real do investimento.

 

Tecnologia, sustentabilidade e inovação

Por fim, chegamos a um dos fatores mais recentes e que vêm ganhando espaço no mercado: a tecnologia embarcada nos imóveis e as soluções sustentáveis. Sistemas de automação residencial, reaproveitamento de água, painéis solares, carregadores para carros elétricos… tudo isso impacta o valor do imóvel de forma crescente.

Hoje, muita gente valoriza a praticidade. Poder controlar a iluminação, temperatura e segurança do apartamento pelo celular já não é mais um luxo futurista, é uma expectativa crescente. Imóveis que oferecem essas funcionalidades saem na frente, especialmente entre o público mais jovem e conectado.

E tem mais: imóveis sustentáveis tendem a ter custos menores de manutenção no longo prazo. Isso se traduz em mais economia, mais conforto e, claro, mais valor de mercado. A demanda por esse tipo de imóvel está aumentando, e quem se antecipa nesse movimento pode colher bons frutos nos próximos anos.

Leia também:

Nosso site usa cookies para melhorar sua navegação.
Política de Privacidade