Como o esporte se tornou vitrine de marcas e política

Por Oraculum

7 de maio de 2025

Categoria: Marketing

Durante muito tempo, o esporte era visto apenas como entretenimento ou competição pura. A imagem era simples: atletas em campo, torcida nas arquibancadas, e pronto. Mas as últimas décadas mostraram que esse cenário mudou drasticamente. Hoje, o esporte é uma plataforma poderosa — usada por marcas, políticos, causas sociais e até movimentos culturais para ganhar visibilidade e engajamento.

A presença de empresas no uniforme de times, o uso de eventos esportivos como palco de campanhas públicas e a influência de atletas nas redes sociais mostram como o esporte se tornou uma vitrine — talvez a mais impactante do planeta. Isso não é por acaso: a paixão do público cria um elo de confiança que poucas mídias conseguem replicar.

Empresas que antes só faziam anúncios tradicionais agora investem em atletas, clubes e arenas como forma de se conectar emocionalmente com seus públicos. E governos, por sua vez, descobriram que patrocinar ou se associar a vitórias esportivas pode gerar dividendos políticos importantes. Um jogo de xadrez que vai muito além das quatro linhas.

Vamos entender como esse processo se desenvolveu — e por que o esporte virou o centro das atenções não apenas nas transmissões, mas também no mundo do marketing, da política e da influência pública.

 

De uniforme a multimídia: o esporte como espaço publicitário

Quem acompanha futebol, Fórmula 1 ou até competições olímpicas já percebeu: o visual dos esportes virou uma vitrine para marcas. Camisas de times, capacetes, quadras, placas ao redor do campo… tudo hoje carrega publicidade. Mas não é só isso. O esporte se tornou um ecossistema de exposição que vai do patrocínio ao conteúdo digital.

Empresas como a RSP Sports trabalham exatamente com essa estratégia: conectar marcas a atletas e eventos de forma inteligente, visando retorno de imagem e engajamento com o público. A presença da marca no esporte, hoje, é um investimento tão estratégico quanto mídia tradicional.

Isso se deve à força emocional que o esporte carrega. O torcedor é apaixonado — e essa paixão pode ser transferida para marcas que estejam alinhadas com seu clube ou ídolo. É diferente de um anúncio aleatório. Aqui, a conexão é mais profunda.

O resultado? As empresas passaram a disputar espaços em projetos esportivos com o mesmo apetite com que disputam pontos de venda ou inserções em horário nobre. O campo virou tela. E a arquibancada, audiência qualificada.

 

Política e esporte: uma relação mais próxima do que parece

Governos e lideranças políticas perceberam cedo que o esporte é uma das formas mais eficazes de comunicação em massa. Patrocinar um time local, apoiar um evento esportivo ou criar programas de incentivo à prática esportiva são ações que geram popularidade — e votos.

Mas isso também exige planejamento e responsabilidade. A consultoria esportiva passou a ser um recurso importante para orientar gestões públicas e privadas na criação de políticas esportivas sérias, com impacto real. Afinal, o esporte pode ser plataforma de inclusão, saúde e transformação social — mas também pode virar apenas vitrine oca, se mal administrado.

Basta lembrar dos Jogos Olímpicos ou da Copa do Mundo para entender como a política e o esporte andam juntos. Cidades investem milhões em infraestrutura e usam o evento para atrair turistas, gerar empregos e, claro, visibilidade para gestores públicos.

Por isso, cada vez mais prefeitos, secretários e gestores procuram se posicionar no campo esportivo com estratégia. É menos sobre “aparecer na foto com a taça” — e mais sobre construir um legado, de fato, ligado ao esporte.

 

O crescimento dos projetos locais e comunitários

Nem tudo acontece nos grandes palcos. Pelo contrário: os projetos esportivos locais e comunitários são hoje uma das frentes mais estratégicas para desenvolvimento social e também para posicionamento de marca. Esses projetos criam vínculo direto com a população e muitas vezes revelam talentos que mais tarde vão brilhar no cenário nacional.

As empresas que investem nesses projetos esportivos não fazem isso apenas por caridade. Existe, sim, um retorno de imagem, reputação e até de relacionamento institucional. Apoiar o esporte de base gera proximidade com a comunidade e coloca a marca como agente transformador.

Além disso, esses projetos muitas vezes se tornam referências regionais, ganhando espaço na mídia e atraindo apoio de outras entidades. É uma forma de começar pequeno, mas com potencial de crescimento — tanto para o projeto quanto para os parceiros envolvidos.

Não é raro ver atletas profissionais que vieram de escolinhas apoiadas por empresas locais. Esse ciclo virtuoso de apoio, formação e destaque tem potencial de impacto profundo — social e mercadológico.

 

O atleta como marca: imagem, redes sociais e influência

Hoje em dia, o atleta não é mais só atleta. Ele é também influenciador, criador de conteúdo e, em muitos casos, uma marca com voz própria. Com as redes sociais, esses profissionais passaram a se comunicar diretamente com milhões de pessoas — e as marcas perceberam isso muito rápido.

Por isso, a presença online se tornou essencial. E aqui entram elementos como a bio de atleta para instagram, por exemplo. Pequenos detalhes que fazem toda a diferença na percepção do público e dos patrocinadores.

Um atleta com imagem bem trabalhada consegue mais patrocínios, mais engajamento e mais poder de negociação. Não é só sobre performance esportiva — é sobre posicionamento. Saber se comunicar, se apresentar e valorizar a própria trajetória faz parte do jogo.

Isso explica o aumento de assessorias, cursos e conteúdos voltados para a imagem do atleta fora do campo. Hoje, o Instagram pode valer tanto quanto o desempenho em campo na hora de fechar um contrato publicitário.

 

Organizações, clubes e associações no cenário institucional

Para gerir toda essa estrutura que envolve esporte, dinheiro e influência, é preciso organização. E muitas dessas iniciativas passam por estruturas formais, como associações, clubes, ligas e entidades sem fins lucrativos que organizam, captam recursos e representam grupos de atletas ou modalidades.

Criar uma associação privada sem fins lucrativos é uma alternativa comum — e estratégica — para formalizar projetos esportivos, captar patrocínios via leis de incentivo e dar respaldo jurídico às ações.

Essas entidades se tornam ponte entre o esporte e os patrocinadores, entre a comunidade e o governo. E com uma estrutura bem organizada, podem durar anos e impactar gerações. Mas, para isso, precisam de gestão eficiente, prestação de contas, comunicação ativa e planejamento.

É nesse ponto que muitas iniciativas falham. Por isso, o apoio jurídico e contábil especializado é fundamental para garantir a credibilidade e o crescimento dessas organizações.

 

Quando o esporte vira palco de causas e movimentos sociais

Não dá pra ignorar o peso político-social que o esporte ganhou nos últimos anos. Atletas que protestam contra racismo, manifestações em jogos, campanhas de conscientização em eventos esportivos… tudo isso mostra que o esporte virou palco de causas — e as marcas estão atentas a isso.

O posicionamento em torno de valores (inclusão, diversidade, igualdade de gênero, combate à violência) se tornou parte da estratégia das empresas envolvidas no esporte. E os atletas, quando assumem essas bandeiras, reforçam sua relevância fora das competições.

Isso muda a lógica da publicidade esportiva. As marcas não querem mais apenas aparecer — elas querem se associar a valores, a causas, a posicionamentos. E o esporte, com sua capacidade de engajamento, se tornou o ambiente ideal para isso.

Ao mesmo tempo, os riscos também aumentaram. Posicionar-se exige coragem, mas também planejamento. Cada passo precisa ser pensado, para que o discurso se sustente e a imagem da marca (ou do atleta) não se volte contra si mesma.

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