Notícias boas existem? Por que elas quase nunca aparecem?

Por Oraculum

27 de dezembro de 2024

Quando foi a última vez que você se deparou com uma manchete realmente positiva? Parece que estamos constantemente cercados por tragédias, escândalos e crises. Essa percepção, por mais desconfortável que seja, é amplamente influenciada pela maneira como o jornalismo funciona. Mas será que é impossível encontrar notícias boas? Não exatamente. Elas existem, mas sua visibilidade é bem menor do que gostaríamos. E isso, claro, tem motivos claros.

O ser humano, desde sempre, é atraído pelo que é inesperado ou pelo que causa algum impacto emocional. Essa característica, enraizada em nossa biologia, se reflete nas manchetes que mais ganham espaço. A tragédia, por exemplo, chama mais atenção do que uma boa ação cotidiana. Porém, a questão vai além da biologia. Tem a ver com como a mídia escolhe contar suas histórias. E não, isso não é uma crítica, mas uma observação sobre a forma como consumimos notícias.

Apesar desse panorama, há portais comprometidos em oferecer uma abordagem equilibrada, mesclando diferentes tipos de informações. Eles apostam em trazer conteúdos que inspiram e informam de maneira positiva. Isso prova que nem toda mídia segue o padrão que prioriza apenas o negativo. Então, como podemos mudar essa percepção de que “não há boas notícias”? Talvez, um dos passos seja mudar o nosso próprio comportamento como leitores.

Por outro lado, não podemos esquecer que boas notícias nem sempre são sinônimo de isenção. Às vezes, o otimismo pode encobrir problemas maiores. É preciso um equilíbrio: encontrar o que há de positivo, mas sem ignorar o que precisa de atenção e crítica. Vamos explorar, nos próximos tópicos, por que essas notícias são tão raras e onde encontrá-las quando realmente queremos vê-las.

 

A lógica do impacto: o que vende mais?

O mundo do jornalismo é movido por audiência. Sim, isso não é segredo para ninguém. Notícias que causam impacto emocional — sejam de indignação, tristeza ou choque — tendem a gerar mais cliques, compartilhamentos e comentários. Essa dinâmica cria uma preferência editorial pelas histórias que mais despertam reações intensas.

Porém, há iniciativas que desafiam essa lógica. Portais como o Tribuna de Poá têm buscado mesclar conteúdos que informam e que, ao mesmo tempo, trazem uma perspectiva mais leve e otimista. Eles mostram que o público, mesmo em meio a tanta negatividade, tem interesse em ler boas histórias. Mas a questão é: será que a audiência dessas matérias supera a das notícias “pesadas”?

Outra barreira para as boas notícias está na percepção de relevância. Se algo positivo não parece mudar significativamente a vida do público ou não o alerta sobre um perigo, é comum que seja considerado secundário. Isso, contudo, não significa que não há interesse. O desafio está em transformar essas boas histórias em algo que também seja atraente e, principalmente, relevante.

 

O papel da mídia local na valorização das boas notícias

Notícias locais, muitas vezes, são uma fonte riquíssima de conteúdos positivos. Festivais comunitários, conquistas de moradores e ações sociais frequentemente passam despercebidos no cenário midiático mais amplo. É aí que portais dedicados a regiões específicas, como Poá, entram em cena.

Um exemplo claro é o destaque dado às notícias de Poá, que cobrem desde eventos culturais até iniciativas de impacto social. Esses portais permitem que as boas ações ganhem a visibilidade que merecem e inspirem outras comunidades a seguir o mesmo caminho. Afinal, boas ideias também precisam de divulgação para se multiplicarem.

Mas não é só isso. A mídia local também fortalece a conexão entre os moradores e a comunidade. Quando você lê sobre algo positivo que aconteceu na sua própria cidade, a sensação de pertencimento e otimismo se intensifica. É um ciclo virtuoso que contribui para o bem-estar coletivo.

 

Boas notícias no setor de gastronomia

Se existe um setor onde as boas notícias florescem, é na gastronomia. O que pode ser mais agradável do que descobrir que um restaurante local ganhou um prêmio ou que uma feira gastronômica vai acontecer na sua cidade? A gastronomia, por si só, é um campo fértil para histórias inspiradoras.

No contexto de Poá, há espaço para cobrir iniciativas relacionadas à culinária e à alimentação. As notíciasde gastronomia são um dos exemplos de como essas histórias podem ganhar destaque, valorizando o trabalho de chefs locais, empreendedores e eventos voltados ao público.

Essas narrativas, além de promoverem o setor, também têm um apelo emocional forte. Elas são capazes de envolver o público em torno de experiências positivas e de inspirar novas iniciativas. E vamos combinar: quem não gosta de uma boa notícia acompanhada de uma boa refeição?

 

A man in a suit, wearing glasses and a cap, reads The New York Times.

 

Quando os esportes trazem inspiração

Os esportes também são um terreno fértil para boas notícias. Atletas superando desafios, equipes locais conquistando vitórias inesperadas ou novos projetos para incentivar a prática esportiva são apenas algumas das histórias que merecem mais destaque.

Em notícias de esportes, é possível encontrar reportagens que mostram como essa área vai muito além de competições. Trata-se de promover saúde, bem-estar e, claro, inspiração. Boas histórias no mundo esportivo têm o poder de unir pessoas e de motivar ações em diferentes níveis.

E o mais interessante é que, mesmo em contextos de derrotas, o esporte sempre encontra um jeito de ser positivo. Histórias de superação ou mesmo lições aprendidas com perdas são transformadoras, e é por isso que o esporte nunca deixa de ser uma boa notícia em si.

 

Saúde e bem-estar: uma fonte constante de boas histórias

O setor de saúde e bem-estar também carrega um potencial gigantesco para inspirar. Histórias de inovação médica, novos tratamentos ou iniciativas que promovem qualidade de vida são sempre bem-vindas, especialmente em um mundo tão saturado por informações alarmantes sobre doenças e crises.

Um exemplo disso são os conteúdos presentes em notícias de saúde e beleza, que valorizam ações e iniciativas voltadas para o cuidado pessoal e a melhoria da qualidade de vida. Essas notícias, além de informarem, incentivam práticas que podem realmente transformar o cotidiano das pessoas.

Além disso, há uma tendência crescente de buscar histórias que celebrem pequenos avanços, como o relato de alguém que superou uma condição de saúde ou que encontrou equilíbrio através de mudanças simples no estilo de vida. Boas notícias, nesse caso, são mais do que necessárias — são um alívio.

 

Conclusão

Eu acredito que as boas notícias não só existem, como precisam ser valorizadas. Apesar do peso da negatividade no jornalismo atual, há espaço para um equilíbrio maior. Portais como o Tribuna de Poá são exemplos de como podemos encontrar inspiração em meio ao caos informativo, mostrando que há muito de positivo ao nosso redor.

Também vejo como essencial que, como leitores, busquemos ativamente por essas histórias. Afinal, o que consumimos molda não só a nossa percepção de mundo, mas também o que a mídia escolhe priorizar. Se queremos mais notícias boas, talvez o primeiro passo seja demonstrar interesse por elas.

Por fim, a mudança não depende apenas dos jornalistas ou dos veículos de comunicação. Somos todos responsáveis por criar um ambiente informativo mais saudável e otimista. Que tal começarmos hoje, procurando por boas histórias para compartilhar?

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